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Trabalho infantil no Brasil

Veja dados sobre este problema social que atinge todas as regiões do país

O trabalho infantil é um dos principais problemas sociais enfrentados pelo nosso país, onde milhares de crianças não frequentam a escola e trabalham em diversas ocupações em situação de exploração. Atualmente, dados apontam que cerca de 4,8 milhões de crianças, na faixa entre 5 e 17 anos, trabalham no Brasil. É importante destacar que a lei brasileira proíbe qualquer forma de trabalho até os 13 anos, e adolescentes entre 14 e 15 anos podem trabalhar somente na condição de aprendiz. Nos dias de hoje, o trabalho infantil é em sua maior parte agrícola, com aproximadamente 36,5% destas crianças atuando em fazendas, sítios e granjas, e 24,5% em fábricas e lojas. Já no Nordeste, este perfil agrícola é muito maior e sobe para 46,5%.

O estado de Rondônia é o que apresenta maior índice deste problema social, com mais de 10% das suas crianças exercendo algum tipo de trabalho. Quando comparamos as regiões brasileiras, a Norte é aquela com maior número de trabalho infantil, seguida pelo Nordeste, Sul e Centro Oeste. Quando analisamos números absolutos, a capital paulista é a que possui maior número de crianças trabalhando, somando mais de 30 mil crianças em situação irregular.

Entre as causas desta mazela social estão, em destaque, a baixa escolaridade destas famílias e a pobreza. A maioria destas famílias não vê a escola como uma alternativa, além disso, em especial nas áreas rurais, falta transporte para que as crianças possam frequentar um colégio. Já nas grandes metrópoles, como São Paulo, é o alto índice de pobreza que leva as crianças a esta situação, pois com pais desempregados, usuários de drogas e vivendo em condições extremas, as crianças são obrigadas a contribuir na renda da família, por isso são colocadas nas ruas.

Além de não poder desfrutar dos seus direitos básicos, como esporte, lazer e educação, estas crianças em situação de exploração podem desenvolver problemas graves de saúde, como doenças respiratórias, alergias, distúrbio do sono e cansaço em excesso, além de estarem mais propensas a ferimentos, queimaduras e fraturas.


Matéria publicada no dia: 23/01/2015